Lesão Muscular

A lesão muscular representa entre 10 e 50% das lesões traumáticas em atletas, dependendo do esporte envolvido. São mais comuns em esportes de contato, esportes com muitas mudanças de direções, acelerações rápidas e movimentos bruscos em geral.


Sinais

  • Dor intensa localizada próximo de uma articulação;
  • Fraqueza muscular;
  • Dificuldade de movimentar a região afeta, sendo difícil permanecer na corrida ou no jogo, por exemplo;
  • Pode gerar uma grande marca roxa, característica do extravasamento sanguíneo;
  • A região tende a ficar inchada e pode ficar um pouco mais quente que o normal.

Cuidados Pós-Tratamento

  • Fazer sessões de fisioterapia para correção biomecânica e estabilidade de movimentos, através de treinamentos de força e equilíbrio, além de exercícios que auxiliem na prevenção de futuras lesões;
  • Repouso da região afetada;
  • Aplicação de gelo por 15 minutos 3 vezes por dia;
  • Tomar os medicamentos que são prescritos pelo ortopedista, não sendo aconselhado a utilização de remédios caseiros e alternativos;
  • O retorno à atividade esportiva pode acontecer entre seis e oito meses, vai depender do quadro de evolução individual do paciente.

Dúvidas Frequentes

As lesões musculares podem ocorrer de duas formas:

  • Trauma direto: quando há um impacto direto sobre a musculatura (paulistinhas) ou em quedas e acidentes automobilísticos;
  • Estiramento: quando há uma tração excessiva, além do que a musculatura é capaz de aguentar. Funciona como um elástico que se estica até romper.
  • Desequilíbrios e fraquezas musculares;
  • Encurtamentos musculares;
  • Fadiga;
  • Idade;
  • Lesões prévias;
  • Características do treino.

A dor muscular tardia pós treino é um evento comum após uma atividade física extenuante, e que dentro de certos limites deve ser considerada normal.

A dor habitualmente se inicia entre 6 e 12 horas após a atividade e atinge seu pico 24 a 48 horas após.

E alguns casos, pode levar a uma queixa clínica bastante semelhante ao que é observado em uma lesão muscular.

A prevenção de lesões musculares envolve a correção dos fatores de risco listados acima, que sugerem as seguintes diretrizes:

  • Realizar treinos físicos com ênfase nos exercícios excêntricos (método de prevenção mais eficaz);
  • Realizar um aquecimento progressivo / ativação neuromuscular antes ou no início do treino;
  • Evitar treinos e jogos muito longos quando não estiver com bom preparo físico;
  • Evitar treinos em condições climáticas adversas e que levarão a uma fadiga mais rapidamente.

O diagnóstico deve ser feito com base na história clínica, exame físico e exames de imagem.

As lesões musculares podem ser classificadas em três tipos:

  • Grau I: estiramento de até 5% das fibras musculares. Apresenta bom prognóstico, com limitação leve e rápida restauração das fibras rompidas. Usualmente, o paciente não sente dor sem a realização de esforço físico;
  • Grau II: lesão de 5% a 50% das fibras musculares. Pode apresentar equimose leve (mancha roxa na pele). A dor é mais intensa e pode levar a alguma dificuldade para caminhar nos primeiros dias;
  • Grau III: lesão de mais de 50% das fibras musculares com importante perda da função e presença de um defeito palpável. A dor pode variar de moderada a muito intensa. O edema, a equimose e o hematoma são mais pronunciados.

As lesões musculares mais comuns envolvem os quatro principais grupos musculares dos membros inferiores, de forma que estas lesões serão discutidas em artigos específicos:

  • Lesões da musculatura posterior da coxa (isquiotibiais);
  • Lesões da musculatura anterior da coxa (quadríceps);
  • Lesões dos adutores do quadril;
  • Lesões da panturrilha.